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Conheci o autismo em 2006/2007 quando foi levantada a hipótese do DAVI (meu filho) ser autista. Ele tinha de 02 para 03 anos e, até então, eu nunca tinha ouvido falar sobre. Não me orgulho disso, mas é a realidade. Na grande maioria das vezes nos aprofundamos no assunto, quando estamos nele ou envolvidos nele.
Nada foi fácil. Tentamos, desde então, de tudo: Fonoaudiologia, Neuro, Foniatria, Água de Arroz, Água da Chuva, Benzimentos, Terços, Preces, Simpatias, ABA, Son Rise Program, Pedagogia, Psiquiatria, PECS, Homeopatia, Acupuntura, Neuro Feedback, Equitação, Osteopatia e por aí vai. Posso dizer que acredito sim, que cada uma dessas tentativas tiveram o seu efeito positivo, algumas por um pequeno período, outras por longo.
Graças a Deus, muito apoio da família e alguns amigos, conseguimos “dar conta” de todas elas, com tempo e financeiramente também, já que a maior parte destas tentativas são pagas, e infelizmente, muito caras.
E foi aí que surgiu o primeiro pedacinho da ideia deste sonho....
COMO DAR ACESSO A TUDO ISSO PARA TODOS?
O Davi, já então com 11 anos, estava saindo do “ensino fundamental” e recebia vários nãos para inclusão.
Quando conseguia uma escola que o “aceitasse”, o trabalho de evolução não acontecia, causando um desconforto enorme para ele, para nós, pais, e para a própria instituição. As dificuldades e os interesses do Davi não eram vistos como oportunidades para o seu desenvolvimento. As soluções encontradas pela escola, na grande maioria das vezes eram:

1) colocá-lo dentro de uma sala com outros alunos e para que ficasse quieto, realizando as mesmas atividades, o enchiam de doces na cantina;

2) colocá-lo em uma sala sozinho; ou

3) ligar para algum familiar ir buscá-lo.
E então aí acontecia novamente a exclusão!!!
Comecei a questionar:
- Todos os autistas são iguais?
- Eles possuem o mesmo interesse?
- Conseguem entender que precisam fazer realmente aquela atividade e daquela forma?
- Qual o intuito para ele?
- Os métodos funcionam ou precisam funcionar integralmente para todos?
Neste momento, mais uma parte do Projeto foi imaginada:
POR QUE NÃO FAZERMOS DIFERENTE?
POR QUE NÃO RESPEITAR AS LIMITAÇÕES OU AFINIDADES E TIRAR O MELHOR DISSO?
POR QUE NÃO, MESCLAR OS MÉTODOS

Conversei e sonhei este Projeto, junto com pessoas que encontrei neste caminho e que me ajudaram desde o início. Compartilhamos possibilidades e hoje estamos a ponto de darmos o primeiro passo.
Devagar, ganhando confiança, mas principalmente acreditando que podemos fazer diferente e fazer a diferença.

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